Skip to content
Menu

Formação em Psicanálise no Rio de Janeiro

Barra da Tijuca (21) 31493375 – Ipanema (21) 2266 3300

Formação Freudiana
Formação Freudiana
  • Cursos
  • Eventos
  • Formação
  • Clínica
  • Blog
  • Vídeos
  • Institucional
  • Contato
Close Menu
25 25 agosto 2016

Alexandre Costa, Deivy Frajman e Aluisio Pereira de Menezes discorrem sobre “Psicanálise e Política”.

Os psicanalistas foram convidados a escrever sobre o tema por conta do evento “Psicanálise e Política – Senso e contra-senso da revolta”.

 
 
Em seu trabalho de 1938 sobre a pratica psicanalítica Freud conclui que “o resultado final da luta que empreendemos depende de relações quantitativas, do montante de energia que podemos mobilizar no paciente a nosso favor em comparação com a soma das energias dos poderes que atuam contra nós”. E acrescenta: “Também aqui Deus está do lado dos batalhões mais fortes – certamente não conseguimos vencer sempre, mas pelo menos podemos reconhecer na maioria dos casos por que não vencemos”. Neste trabalho, como em toda sua obra, Freud reitera a dimensão da revolta em psicanálise. Ela é a combustão para os sentidos que advém transferencialmente, afetivamente e traumaticamente. É o objeto que atiça e provoca os psicanalistas. E o que os leva a produzir psicanálise.
 
Alexandre dos Santos Costa
(Psicanalista, Membro Titular da Formação Freudiana)
 
 
———
 
 
Do gozo e do comando. Sobre o controle da marcha.
Nota sobre o fazer psicanálise e sobre o fazer política.
Os psicanalistas acabaram por ter de haver-se com o sentido das manifestações do controle da marcha da sociedade e de suas culturas. Para além dos saberes elaborados e que continuam a ser, a ação do fazer psicanálise interfere no curso de situações. Qual a real aproximação da intervenção do ato político, do fazer política? Que ato político tem a vertente de interferir? Ou o ato político seria a manutenção da continuidade do controle da marcha? E o fazer psicanálise é só fidelidade à obra de si mesmo?
 
Dr. Aluisio Pereira de Menezes
(Psicanalista, professor universitário)
 
———-
 
 
Nietzsche afirma: “Torna-te quem tu és (Macht Sie,wer Sie sind)”. Não é esta a tarefa da Psicanálise?
Mas como se tornar aquilo que somos sem a revolta ou uma insubmissão em uma sociedade do controle?
O psicanalista precisa com urgência também se tornar um “médico da civilização” e para isso é urgente que saiba que quando o humano sofre e bate à porta, ele traz com ele não só a si, mas uma cultura e uma sociedade perversa que o faz sofrer e enlouquecer. Se Freud “sacudiu o sono do mundo”, o que a Psicanálise na atualidade quer? Voltar a dormir? Esperar as drogas e as hóstias farmacológicas?
O filósofo italiano Giorgio Agamben (1942- ) diz que nossa alegria e nossa dor é pelo mundo ser assim e não de outra forma como queríamos, Isso é o Irreparável, mas há o Fora (dehors de Foucault e Blanchot ) Tal Fora não está para além do mundo.O Fora, seja o inconsciente ou pensamento é uma porta , o limiar estreito entre a potência de ser ou a impotência do sintoma.
É um mundo que entre no consultório e é preciso saber ver, ouvir este mundo que está em cada um que sofre. Em cada um de nós. É disso que se trata ou então continuar a tagarelice mundana da repetição do mesmo.
A Psicanálise é a revolta e afirmação da diferença. E uma tarefa explosiva que põe em risco tudo, ou voltar para a adaptação: a falta, a Lei e os conceitos das velhas tábuas.
É disso sempre que se trata: o futuro, e só o levante permitirá tal feito. Ainda que deitado no divã.
Estamos em guerra, como Foucault já nos advertia mesmo que a aparência da paz bovina nos iluda. A guerra aparece também no consultório com o sofrimento insuportável do humano. Aquela “Psicanálise” que insiste em se manter a parte da civilização e tudo traduzir na individuação do si-mesmo está numa errância perpétua e longa demais.
Esperemos que alguns psicanalistas consigam não mais fazerem solução de compromisso como a neurose faz com o paciente, ou vice-versa.

 
Dr. Deivy Frajman
(Psicanalista, Doutor em Psicologia Clínica pelo Núcleo de Estudos da Subjetividade da PUC de São Paulo, Pós-Doutorando e professor da disciplina “Tópicos Especiais em Nietzsche e Foucault”, no Departamento de Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH) da UERJ)
 
 
 
———-
 
 
Saiba mais sobre o evento “Psicanálise e Política – Senso e contra-senso da revolta”.
 
 

Módulo e Curso – Estudando Fèrenczi Clínica Psicanalítica: desafios contemporâneos

Related Posts

Daniel Kupermann

Blog, Eventos

Aula inaugural com Daniel Kupermann

Grupo de Estudos com Fernando Urribarri 2021

Blog, Eventos

Grupo de Estudos com Fernando Urribarri em 2021

FF FB 2020 Posts - Cursos de ferias Jan-05

Blog

Cursos de Férias – Janeiro 2021

Back To Top
Formação Freudiana
Barra da Tijuca (21) 3149 3375 Ipanema (21) 2266 3300
Instituição Psicanalítica fundada em 1992